Contra a violência, página incentiva mulheres a andarem juntas nas ruas

POR MARIANA PELEGRINI

“Na próxima vez que estiver em uma situação de risco, observe: do seu lado pode estar outra mulher passando pela mesma insegurança. Que tal irem juntas?”. Esta é a descrição da página no Facebook Vamos juntas criada pela jornalista Babi Souza, em agosto deste ano. Com quase 190 mil curtidas, o movimento tem reunido forças, contando história de pessoas que se ajudaram e incentivando a união entre as mulheres.

Babi diz que sempre teve o desejo de criar algo que pudesse mudar o mundo a sua volta.“Comecei a estudar e pesquisar sobre colaborativismo e empreendedorismo social. Entrei em contato com a velha ideia de que a união faz a força e de que ao invés de reclamar dos poderes, devemos nos propor, juntos, a deixar o nosso mundo um pouquinho melhor”, conta a jornalista.

Ao pensar na página, Babi teve a ajuda de uma amiga designer para fazer um card explicando qual seria a ideia do movimento. Segundo a jornalista, o objetivo inicial era postar em suas redes sociais pessoais para disseminar a ideia entre suas amigas. “A repercussão foi tanta que, em menos de duas horas, pessoas de fora do meu circulo de amizade estavam compartilhando a imagem e perguntando se tínhamos página, aí me senti obrigada criá-la”, explica Babi.

A página ressalta que o movimento promove a sororidade, que significa a união entre as mulheres que se reconhecem irmãs, formando um grupo político e ético na luta pelo feminismo. Segundo Babi, a página é feminista já que busca a liberdade das mulheres de ir e vir em segurança e o empoderamento feminino. “Entendemos que a igualdade deve interessar aos dois gêneros. Não banimos homens da página, por exemplo, porque acreditamos que essa conscientização de como as mulheres se sentem na rua deve acontecer para eles”.

Babi e as administradoras da página recebem centenas de mensagens por dia de mulheres que contam suas histórias. Entre elas, o relato de Rita Alvez, de Osasco (SP). Ela diz que teve a ajuda de uma moradora de rua, que assistiu sobre o movimento em um programa de TV que passava em uma loja. Leia notícia completa.

 

Fonte: O GLOBO