Boas Vindas

Amigos! Nossa primeira matéria será de boas – vindas! A partir de agora teremos um espaço voltado para o que concerne á enfermagem forense. Aqui teremos noticias, matérias, links, eventos, enfim, um meio de conhecimento e interação, esperamos que este seja um canal através do qual possamos nos comunicar. Esse espaço foi planejado com o intuito de dialogar com vocês.

Aqui vocês poderão dar sugestões de matérias, solicitar informações, tirar dúvidas, opinar e nós iremos alimentar o site com entrevistas, artigos publicados científicos ou não, fotos, vídeos, reportagens e tudo o que diz respeito á Enfermagem Forense no Brasil e no Mundo. Sintam-se livres para expressar suas ideias.

Iniciaremos com um texto sobre a enfermagem forense e tudo que permeia sua prática.

A prática da Enfermagem forense é relativamente nova, uma vez que foi criada em 1992 com a fundação da IAFN (International Association of Forensic Nurses). Entretanto, só foi reconhecida pela ANA (American Nurses Association ) como uma especialidade da enfermagem em 1995. Enfermeiros lidam a todo o momento com os pacientes na prestação dos cuidados de saúde. À medida que o mundo torna-se cada vez mais exposto a crimes, o papel do enfermeiro evolui. Um novo ramo da enfermagem cresceu e esta é uma profissão, que abrange atendimento de enfermagem e assistência judicial ou legal ao mesmo tempo.

A Enfermagem forense é voltada principalmente para ajudar as vítimas de violência, coletando informações e evidências relacionadas a um crime que possa ter sido cometido em uma vítima ou paciente. De modo que o enfermeiro forense poderá ser chamado como testemunha profissional em tribunal, o que resultará na possível resolução de um crime. O modo tradicional de investigação é a abordagem da vitima por várias pessoas fazendo questionamentos e exames.  A exemplo de médicos, policiais entre outros profissionais.

O paciente ou vítima, além do trauma vivenciado, irá sentir-se mais fragilizado diante de tantas repetições. Esse desconforto poderá ser sanado ou diminuído se tiver apenas uma pessoa ou especialista fazendo esse trabalho.  Por ser o profissional que normalmente primeiro aborda o paciente, utilizar do conhecimento técnico e científico do enfermeiro forense evita a revitimização da vítima.  Iniciando a investigação com á coleta, recolha e preservação de provas e vestígios, enveredando pelos processos judiciais e possível justiça para a vítima. A enfermagem forense pode ser uma ponte entre o crime e a justiça, ou seja, pode ser esse profissional, que irá coletar os dados necessários e possíveis e direcionar a vitima para o profissional mais indicado.

O enfermeiro forense trabalha com as autoridades policiais para auxiliar na investigação de crimes, sempre em parceria com médicos, assistentes sociais, psicólogos entre outros. Dentro da Especialização Enfermagem Forense existe três sub especialidades: Sexual Assault Nurse Examiners (SANE) Adulto, Sexual Assault Nurse Examiners (SANE) Infantil ou Pediátrico e  Forensic Nurse Death Investigator

Quando acontece a agressão sexual ou estupro, uma das atribuições do enfermeiro forense, além de prestar o cuidado direto a vitima como profissional de enfermagem, faz a coleta, recolha e preservação de vestígio/provas, de modo que o agressor possa ser retido. Quando ocorre a coleta de material, é feito o cruzamento das amostras de DNA com o sistema de banco de dados criminais, imaginando-se que o algoz tem um registro criminal. Entretanto caso a vítima saiba quem foi seu agressor, uma amostra de DNA pode ser coletada do suspeito. Em termos de investigação da morte, a enfermeira forense auxilia o patologista para determinar a causa ou mecanismo de morte de uma vítima.

Além de auxiliar os policiais e médicos legistas a solucionar um crime ou ajudar uma vítima, a enfermagem forense também está inserida em outros campos como: pediatria, geriatria, desastres em massa e em instituições correcionais e psiquiátricas.
Em pediatria, enfermeiros forenses podem atuar além do cuidado padrão da enfermagem, recolhendo provas e preservando vestígios em crianças que foram vítimas de abuso e negligência, isso se aplica também a idosos.

Existem diversas possibilidades de atuação dentro da enfermagem forense e todas elas voltadas com o olhar para as vitimas de violência. Sendo assim, listaremos as possíveis práticas relacionadas com as Competências Técnicas da Enfermagem Forense.

  • Maus Tratos, Abuso Sexual, Trauma e Outras Formas de Violência;

  • Investigação da Morte;

  • Enfermagem Psiquiátrica Forense;

  • Preservação de Vestígios;

  • Testemunho Pericial;

  • Consultoria;

  • Desastres de Massa;

  • Enfermagem Forense Carcerária

Chegamos ao fim de nossa primeira matéria, esperamos ter contribuído um pouco para o melhor conhecimento dessa área da enfermagem que está iniciando no Brasil. Como já afirmamos, a partir de agora iniciaremos nossa troca de informações e aprendizado sobre a Enfermagem Forense, de modo que possamos alcançar alguns de nossos maiores objetivos: conhecer e fazer conhecer a Enfermagem Forense, bem como atuar junto ás vitimas de violência.
Sendo assim, é com muito prazer que dizemos: Sejam todos muito bem vindos a Associação Brasileira de Enfermagem Forense – Abeforense.

Muito Obrigada!

Zenaide Cavalcanti de Medeiros,  Talyta Mecenas Galvão Arcanjo
Presidente  ABEForense               Vice-Presidente ABEForense

Fonte: ANA (American Nurses Association )

          IAFN (International Association of Forensic Nurses).